ÁGUAS FRIAS - Chaves - PORTUGAL
Memórias e outras da Aldeia de Águas Frias - Chaves - Trás-Os-Montes - PORTUGAL
PEDRA BOLIDEIRA (junho de 2008)
PEDRA BOLIDEIRA
Republicação de 18 de junho de 2008, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2008/06/18/
Depois dos limites da freguesia de Águas Frias, e poucos Km, pela estrada nacional ...
... chegamos a terrenos pertencentes à freguesia vizinha de Bobadela. A razão que me levou a alterar o principal objectivo, é simples - visitar um local peculiar – A Pedra Bolideira.
Assim, … continuando, e chegados ao fim do estradão, encontramos a estrada nacional 103, que atravessei.
Percorrendo alguns metros, à direita, encontramos um enorme bloco de granito com mais de 3 m de altura e cerca de 10 m de comprimento e largura, com um peso de várias toneladas.
Mas o que torna este megalítico tão conhecido, tão peculiar e merecedor de ser considerado monumento nacional?
É que, apesar de todo esse tamanho e peso, qualquer pessoa, com um simples impulso, no local adequado, faz balançar este gigantesco penedo.
Ou seja, qualquer um pode fazer a fraga “bolir” (mexer), daí o nome – Pedra Bolideira.
Claro que nada de paranormal se passa, mas somente, que a base de uma parte da rocha assenta sobre uma aresta de outra rocha (em aproximadamente meio metro).
Conta a lenda que o fenómeno foi descoberto quando, num certo dia, um pastor que apascentava os seus animais, reparou que um dos seus carneiros, ao coçar os chifres na pedra, a fazia mexer (bolir). Para confirmar o que os seus olhos viam, o pastor resolveu colocar uma pequena vara de giesta entre a fraga movediça e uma outra que estava fixa na base. Confirmou então que essa vara arqueava quando empurrava a fraga.
Se assim se passou ou não, desconheço, mas uma coisa é certa, de todas as vezes que fui ao local, sempre encontrei uma vara entre as rochas para que quem quer que a visite possa confirmar que, de facto a Pedra Bole (mexe).
Duvida? Tal como S. Tomé, venha ver (experimentar) para crer.
Depois de experimentar, mais uma vez este fenómeno de equilíbrio, regressei até ao cruzamento.
Aí, virei à esquerda e pela estrada 103 (em direcção a Chaves) deixando a pequena aldeia de Bolideira (freguesia de Bobadela) e dirigindo-me novamente para terras da freguesia de Águas Frias.
Depois de passar pelo posto de abastecimento do líquido cada vez mais precioso, já que a cada dia se torna mais caro (gasolina/gasóleo) mas onde, no seu bar, se podem degustar uns bons petiscos, parei numa área de descanso.
O local teria todas as condições para ser de excepcional eleição, já que tem uma paisagem soberba, tem mesas e bancos de granito onde se poderá apreciar um farto farnel, mas ... e há sempre um mas.... encontrei algum lixo que "alguém" na sua passagem não teve o respeito de deixar para os outros o local que gostaria de encontrar para si mesmo.
Outro pormenor neste local é a "escultura" em pedra que se encontra no local e que foi executada por um "artista" cantoneiro aquafrigidense que com carinho, mestria, sentido estético e sentido prático, já que tinha a funcionalidade de servir de fonte de água fresca a todos os que nos dias de estio aqui paravam sequiosos. Não posso deixar de referir o autor desta "escultura - fonte" - o saudoso José Joaquim Rodrigues e por todos, carinhosamente conhecido por Zé "Herói".
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Mas, ... e mais uma vez, há sempre um mas ...
A "fonte" não verte uma única gota de água. É pena. Mas penso que não seria difícil reverter a situação e dar novamente funcionalidade à ideia original. Todos os que por lá pararem, certamente irão agradecer.
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Continuei ....
A próxima paragem será ….
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CORPO DE DEUS
CORPO DE DEUS
Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo, ou Corpus Domini e generalizada em Portugal como Corpo de Deus, é uma comemoração litúrgica católica que ocorre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma "Festa de Guarda", em que a participação da Santa Missa é obrigatória, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país respetivo.
A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cânone 944) que determina ao bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que, nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o bispo (cânone 395).
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. O papa Urbano IV, na época o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica, recebeu o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Por volta de 1264, em uma cidade próxima a Orvieto (onde o já então papa Urbano IV tinha sua corte), chamada Bolsena, ocorreu o Milagre de Bolsena, em que um sacerdote celebrante da Santa Missa, no momento de partir a Sagrada Hóstia, teria visto sair dela sangue, que empapou o corporal (pano onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa). O papa determinou que os objetos milagrosos fossem trazidos para Orvieto em grande procissão em 19 de junho de 1264, sendo recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico de que se tem notícia. A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.
Para um maior esplendor da solenidade, desejava Urbano IV um Ofício para ser cantado durante a celebração. O Ofício escolhido foi composto por São Tomás de Aquino, cujo título era Lauda Sion (Louva Sião). Este cântico permanece até a atualidade nas celebrações de Corpus Christi.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o papa morreu em seguida, menos de um mês depois da publicação da bula Transiturus. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia, na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma, é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: "Este é o Meu corpo... isto é o Meu sangue... fazei isto em memória de mim". Segundo Santo Agostinho, é um memorial de imenso benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.
Em Portugal
Em Portugal tradicionalmente é dia feriado. Em 2013, 2014 e 2015, o feriado foi retirado, mas regressou em 2016.
Neste dia, em todas as 20 dioceses de Portugal fazem-se solenes procissões a partir da igreja catedral, tal como em muitas outras localidades, que são muito concorridas. Estas procissões atingem o seu esplendor máximo em Braga, Porto e Lisboa.
Ordenada por dom Dinis, a festa do Corpus Christi começou a ser celebrada em 1282, embora haja referências à sua comemoração desde os tempos de dom Afonso III. Em Portugal, a festa era antigamente celebrada com danças, folias e procissões em que o sagrado e o profano se misturavam. Representantes de várias profissões, carros alegóricos, diabos, a serpe, a coca, gigantones, ao som de gaitas de foles e outros instrumentos, desfilavam pelas ruas. Das danças dos ofícios, em Penafiel, ainda se celebram o baile dos ferreiros, o baile dos pedreiros e o baile das floreiras. Esta celebração tem uma conotação muito forte no Minho, particularmente em Monção e em Ponte de Lima. Em Ponte de Lima, a tradição d´O Corpo de Deus perdura já há vários séculos.
O Corpo de Deus é celebrado no 60º dia após a Páscoa, ou mais corretamente na Quinta-feira que se segue ao Domingo da Santíssima Trindade (que, por sua vez, é o primeiro Domingo a seguir ao Pentecostes) seguindo a norma canônica. A diferença prende-se no fato de, no dia posterior ao feriado nacional, realizar-se uma celebração, própria e exclusiva da vila, tendo sido decretado desde 1977 feriado para todos os Limianos.
As celebrações do Corpo de Deus realizam-se durante todo o dia, sendo os Limianos presenteados com uma procissão da parte da manhã e outra da parte da tarde em volta da vila e uma missa para todos os habitantes do Concelho no próprio dia, sempre ao meio-dia, na Igreja Matriz. Em Braga, é também tradição, desde 1923, a presença maciça de Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português, pois foi nessa procissão que os mesmos se apresentaram em público naquele ano.
Tapetes
Os tapetes de rua são uma tradição e manifestação artística popular realizada por fiéis da Igreja Católica, confecionados para a passagem da procissão de Corpus Christi.
A tradição da confeção do tapete surgiu em Portugal e veio para o Brasil com os colonizadores. Os desenhos utilizados são variados, mas enfocam principalmente o tema Eucaristia.
Para confecionar os tapetes são utilizados diversos tipos de materiais, tais como pó de madeira colorida, farinha, areia, flores e outros acessórios.
In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Christi
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CASTELO NA PENUMBRA (15 junho 2007)
CASTELO NA PENUMBRA
Republicação de 15 de junho de 2007, em:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2007/06/15/
Castelo de Monforte de Rio Livre na penumbra
O mês de junho já vai meado e o céu teima em permanecer cinzento, carregado de nuvens, (15/06/2007) dando um tom misterioso à paisagem.
Mas, mesmo na penumbra ... eis que se vislumbra, lá ao longe, no cimo da encosta o "ex-libris" desta aldeia e das Terras de Monforte - o seu Castelo.
A beleza desta aldeia, pode ser "descoberta" em qualquer momento, ... seja dia brilhante, noite escura, no indefinido crepúsculo, ... na florida primavera, no abrasador estio, no ameno outono ou no gélido inverno ...
Afinal, a beleza não está somente naquilo que vemos, mas essencialmente no modo como vemos.
Águas Frias foi, é e será sempre (se quisermos), uma ”pequena, mas bela aldeia do concelho de Chaves"
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Ver também:
https://www.facebook.com/mario.silva.3363
http://mariosilva2020.blogs.sapo.pt
https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/
www.flickr.com/photos/7791788@N04
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Relógio de Sol - junho de 2007
RELÓGIO DE SOL
Águas Frias - Chaves
PORTUGAL
republicação de 08 de junho de 2007, in:
No canto direito, junto a um dos pináculos, sobre a cornija central da Igreja de Águas Frias poderemos observar um Relógio de Sol.
Embora nos dias de hoje a sua utilidade seja meramente decorativa, ela já foi/ou terá sido de grande utilidade na medição/organização do tempo, “guiando” o tempo disponível para as tarefas diárias dos seus habitantes.
Este instrumento, que não necessitando de “pilhas alcalinas”, dar corda, ou qualquer fonte energética, tinha um inconveniente … só “trabalhava” quando estava sol, dando jus ao seu nome – Relógio de Sol.
Desde os primórdios da Humanidade que o Homem foi observando que a sombra de um objecto projectada pelo Sol, lhe dava indicações para medir o tempo ao logo do dia (a sombra crescia até ao meio do dia e decrescia à medida que este se esgotava, com a aproximação da noite). Baseados nesta constatação chegou-se à construção de Relógios de Sol, que se pensa terem surgido no Egipto ou na Mesopotâmia desde 3000 A.C.
O exemplar da Igreja Matriz de Águas Frias tem um mostrador de forma circular, onde estão pintadas as horas (solares) e no centro um triângulo em ferro (gnomon), que em dias de sol projecta a sua sombra no mostrador dando-nos a indicação da hora solar.
Este exemplar ainda é abrilhantado com a estilização do próprio Sol.
Embora já sem utilização prática é um elegante elemento decorativo que enaltece todo o conjunto que é a Igreja Matriz.
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Porque ainda é Primavera ...
Porque ainda é Primavera ...
Republicação de 02 de junho de 2007
Porque ainda é Primavera ….
… os campos, em redor do casario da aldeia, cobrem-se de pequenas flores campestres.
São pequenas, … quase insignificantes, mas, … observadas com cuidado, revelam uma fonte de beleza e harmonia impressionante.
No silêncio da paisagem todo um mundo de pequenos insectos, aves e pequenos animais fervilham em seu redor…
Vale a pena mergulhar pelos campos e disfrutar da beleza que a Natureza nos oferece sem nada pedir em troca, que mais não seja a sua contemplação.
É pena, que com toda a tecnologia de hoje ainda não seja possível partilhar também os odores …
As fotos foram tiradas numa tarde, após alguns chuviscos,…
… a mistura entre os cheiros da terra húmida, da erva viçosa e das imensas variedades de plantas e suas flores, é outro encantamento para os nossos sentidos…
Vale a pena passear pelos campos da aldeia …

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