ÁGUAS FRIAS - Chaves - PORTUGAL
Memórias e outras da Aldeia de Águas Frias - Chaves - Trás-Os-Montes - PORTUGAL
Outono - Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL (26 de outubro de 2007)
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Outono
Águas Frias – Chaves – PORTUGAL
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Republicação de 26 de outubro de 2007, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2007/10/26/
O Outono já chegou há mais de um mês e com a sua chegada, os dias vão “mingando” (e não se esqueçam que no próximo domingo, dia 25, às 2horas da madrugada os ponteiros do relógio atrasam para a 1hora); a temperatura vai descendo, em especial à noite (já sabendo bem uma lareirinha acesa); e o grau de humidade vai subindo, fazendo aparecer o nevoeiro (como documenta a foto, envolvendo o cume da serra do Brunheiro, fazendo desaparecer o ex-libris de Águas Frias – o seu Castelo de Monforte do Rio Livre).
É o tempo da fruta madura …
… e como ela abunda(va) nesta Aldeia …
Este ano, as árvores, mesmo sem tratamento (ou quase nenhum), encheram-se de frutos, fazendo “vergar” os seus ramos, sendo em muitos casos, necessário “estacá-los” para suportar o peso.
Havendo muita fruta, … poucas pessoas para se deliciarem com ela (cada vez há menos gente na Aldeia), … e poucos animais a quem dar o excedente, ela … a fruta …, cai de madura e … jaz no chão, … polvilhando a terra ao redor da árvore que lhe deu origem.
É uma pena, mas …
(Enquanto escrevo, e longe desta vista, lá vou eu dando uma “trinca” numa maçã que trouxe da última visita a Águas Frias. Huuuuuuuum, … que aroma, … que sabor, … que diferença daquelas que se compram no supermercado).
Bom, já chega de fazer crescer “água na boca”.
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Voltemos, ao Outono …
… e nada melhor que possa descrever esta estação do ano em Águas Frias, do que um poema que recebi de uma flaviense, filha de um aquafrigidense, que tem por nome Cláudia dos Anjos Lopes e que passo a transcrever:
Outono em Águas Frias
Ouve-se o sino da igreja da aldeia
Anuncia as horas com suas badaladas
Os habitantes vão preparando a ceia
E observando no céu nuvens avermelhadas
São sete horas da tarde em Águas Frias
A penumbra envolve o disperso casario
Já não há Sol e começa a ficar mais frio
Aproxima-se o Inverno e diminuem os dias
Avista-se o castelo de Monforte, imponente
O local dos agradáveis almoços estivais
Vinham os amigos, para um dia diferente
Dali distinguiam as suas aldeias natais
Mas o Outono é tempo de procurar na ribeira
As deliciosas rocas e os tortulhos selvagens
Passa-se bem o tempo e apreciam-se as paisagens
Ao voltar, assam-se os petiscos numa grelha na lareira
Cláudia dos Anjos Lopes
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Cerejeira (Cerdeira) – Da Flor ao Fruto - junho 2008
CERDEIRA (Cerejeira)
Da Flor ao Fruto
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Republicação de 23 de junho de 2009, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2009/06/23/#topo
Cerejeira (ou Cerdeira) é o nome dado a várias espécies de árvores, algumas frutíferas, outras produtoras de madeira nobre. Estas árvores classificam-se no sub-género Cerasus incluído no género Prunus (Rosaceae). Os frutos da cerejeira são conhecidos como cerejas, algumas delas comestíveis. A cerejeira foi introduzida na Europa, sendo que é uma planta originária da Ásia.
As cerejas são frutos pequenos e arredondados que podem apresentar várias cores, sendo o vermelho a mais comum entre as variedades comestíveis. A cereja-doce, de polpa macia e suculenta, é servida ao natural, como sobremesa. A cereja-ácida ou ginja, de polpa bem mais firme, é usada na fabricação de conservas, compotas e bebidas licorosas, como o Kirsch, o Cherry e o Marasquino.
As cerejas contém proteínas, cálcio, ferro e vitaminasA, B, e C. Quando consumida ao natural, tem propriedades refrescantes, diuréticas e laxativas. Como a cereja é muito rica em tanino, consumida em excesso pode provocar problemas estomacais, não sendo aconselhável consumir mais de 200 ou 300 gramas da fruta por dia.
O cultivo da cerejeira é realizado em regiões frias. Necessitam de 800 a 1000 horas de frio para que possam produzir satisfatoriamente em áreas com Invernos frios e chuvas.
In - http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerejeira
Mais que uma vez me vou referir a esta árvore de fruto que ora concentrada em grande cerejal até disseminada um pouco por toda a aldeia de Águas Frias.
É, para mim a árvore de fruto de eleição das muitas que se encontram pela aldeia.
Não é somente o sabor suculento do fruto por ela produzido, mas toda a beleza desde a floração, até ao desenvolvimento do fruto passando pelas variadas colorações por que vai passando.
Com o início da Primavera a cerdeira (cerejeira) vai desenvolvendo, lentamente, uma flor pequena, simples e alva.
Por si só, não passaria de uma flor comum a muitas outras, mas esta singeleza torna-se magnânima, quando todas as suas irmãs desabrocham tornando cada árvore uma fonte de admiração.
Agora imaginem um campo repleto delas … um espectáculo que a vista não se cansa de observar.
Um “mar” branco de flores.
Tenho comparado esta imagem às amendoeiras em flor, que tanta publicidade lhe é dada, mas esta (cerejeiras) é, senão mais bela, sê-lo-á, certamente de igual beleza.
Pena que não se promova este espetáculo, que embora efémero, poderia ser palco para que muita gente que nunca teve esse privilégio de o ver e ao mesmo tempo poder contactar com a Aldeia e a sua hospitaleira gente.
Mas a beleza desta árvore não fica por aqui.
O vento, as abelhas e outros insetos, trabalham afincadamente para que a polinização se faça e a fecundação se concretize.
Começam a aparecer por entre a folhagem “cachos” de pequenos frutos, ainda pequenos e verdes.
Com a ajuda do sol e de alguma água, esses frutos verdes vão faseadamente tomando diversos coloridos; verde claro, amarelado, mesclado de amarelo e rosado, até …
... finalmente, a partir de fins de maio e junho, tomarem a sua majestosa cor vermelha (mesmo assim em diversas tonalidades consoante a variedade da cerejeira, do rosado, ao vermelho vivo até ao granã quase negro).
A beleza desta árvore torna-se novamente surpreendente, pois a mistura da folhagem verde salpicada de frutos vermelhos, torna-a única.
Falar dela faz revisualizar esta paisagem, mas nada se compara com a visualização no local, enquadrada em toda a sua envolvente.
Se acham que exagero, na devida época venham vê-las. Penso que se forem rápidos ainda encontrarão muitas carregadas de fruto.
E por falar de fruto e como diz o ditado popular e com razão “é a cereja em cima do bolo” – não é por acaso que este ditado popular, percorrendo séculos, ainda é hoje amplamente aplicado para designar que “agora sim, tudo está perfeito”.
AGORA JÁ NÃO PRECISA ABRIR A CEREJA
PARA VERIFICAR SE TEM "BICHO"
Basta seguir os seguintes conselhos:
1.º - Verificar cuidadosamente a cereja em toda a sua superfície;
2.º Se na cereja encontrar um pequeno orifício - PODE COMER À VONTADE, porque o "bicho" que estava no interior já saíu.
3.º Se a cereja não tiver qualquer oríficio, PODER COMER À VONTADE, pois é sinal que o "bicho" não entrou.
BOM APETITE !!!!!!
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