ÁGUAS FRIAS - Chaves - PORTUGAL
Memórias e outras da Aldeia de Águas Frias - Chaves - Trás-Os-Montes - PORTUGAL
Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL ... o inverno ... a névoa e, ... o portão verde esperança
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É inverno …
O céu escurece …
A névoa sobe, desde a barragem e sobe a colina …
… a imagem da aldeia fica "turva",
mas ainda deixa ver o casario e …
… o portão verde … de esperança …
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Verde é esperança.
Verde é o carinho.
Verde é a lembrança.
Verde é o cheirinho...
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Verde é Natureza,
Verde é companhia
Para mim é realeza,
a cor da erva daninha.
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Cor de aliança,
entre a guerra e a PAZ
dentro do meu coração,
também isso faz...
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Porque adoro a cor da natureza,
A cor da realeza,
A cor da surpresa...:
Isto não é para a cor turquesa,
é simplesmente para quem gosta da cor:
VERDE!!!
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A.M.
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Ver também:
Blog - MÁRIO SILVA "navegando" em ... águas frias
Blog - Mário Silva - O outro lado ... de Águas Frias
Blog - ÁGUAS FRIAS - CHAVES - PORTUGAL
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Da janela ... (em 15 de setembro de 2007) - Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL
Da janela ...
Republicação de 15 de setembro de 2007, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2007/09/15/
É, de facto, um privilégio, poder abrir a janela e depararmo-nos com uma paisagem destas ... é Águas Frias.
É soberba a mistura dos variados tons da paleta das cores da natureza:
- os verdes dos feijoeiros, devidamente, e quase geometricamente, alinhados, dos campos de milho, dos verdes das copas das árvores;
- os vermelhos e laranjas dos telhados novos ou velhos;
- os castanhos claros do restolho;
- os variados castanhos da serra de Mairos pintalgada com o seu casario;
- o cinzento claro do fumo lançado pelas chaminés, demonstrando a existência de Vida (e que o tempo, mesmo em Agosto, nada tinha de abrasador);
- o azul do céu pincelado de alvas nuvens;
- o branco debruado a cinzento do granito da torre sineira do igreja;
- ...
Se eu fosse pintor, gostaria de pintar uma paisagem destas, ....
Ela consegue transmitir-nos, em doses comedidas, paz, meditação, contemplação, ...
Com esta paisagem veio-me à memória um poema de Alberto Caeiro, que, porventura, até contrasta com o que acabei de escrever, mas de qualquer forma, gostaria de partilhar com quem por aqui possa passar.
Filosofia da janela fechada
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e a serra.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro (1925)
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www.flickr.com/photos/7791788@N04
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MEMÓRIAS FOTOGRÁFICAS DE 2008 (14 JUL 2012)
MEMÓRIAS FOTOGRÁFICAS DE 2008
(14 JUL 2012)
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Republicação de 14 JUL 2012, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/39005.html
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Hoje fui ao baú das recordações fotográficas e venho partilhar esses momentos passados na Aldeia de Águas Frias. As fotos já se reportam a agosto de 2008 (já passaram quase 12 anitos) mas poderiam ser tiradas hoje que as diferenças seriam impercetíveis.
A macieira e o Pôr do Sol |
Campo de cultivo a despontar |
Casa típica com a sua escada exterior de pedra (já demolida) |
Porque há lugares, meu Deus,
que têm de ser mantidos.
E é preciso que tudo isto continue,
Quando já não for como agora,
Mas melhor.
É preciso que a vida do campo continue.
E a vinha e o trigo e a ceifa e a vindima.
(...)
A Aldeia é este sossego feito de silêncio e casas pequenas,
de campos e rebanhos.
Esta paz que pode servir para preparar algum combate.
Na Aldeia há palavras difíceis.
A Aldeia não está na moda.
Seja bem-vindo. Escolha o seu caminho.
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(Charles Péguy)
O sr. Tonhinho e a carroça |
As nuvens e o Castelo de Monforte de Rio Livre |
O equilíbrio das fragas |
Olhar pelo meio do tronco de castanheiro |
A casa e a fraga |
Casa típica "envelhecida" (já demolida) |
E como já dizia a canção de Vítor Espadinha " Recordar é viver" ... então Recordemos e Vivamos em paz e alegria com a esperança de voltar (ou visitar pela primeira vez esta pequena, mas bela aldeia transmontana - ÁGUAS FRIAS.
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Não me sinto um destruidor ... (25 julho 2011)
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Não me sinto um destruidor ...
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Republicação de 25 de julho de 2011, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2011/07/25/
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"Não me sinto um destruidor; o que quero é que tudo nasça com a força que as cousas verdadeiras e naturais merecem, e que o ranço velho não estrague o azeite novo."
Miguel Torga - Diário (1946)
"Vende-se?!!!" - fevereiro de 2008
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Devo à Paisagem as Poucas Alegrias que Tive no Mundo (17 julho 2011)
Devo à Paisagem
as Poucas Alegrias
que Tive no Mundo
Miguel Torga
Republicação, de 17 julho 2011, in:
https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2011/07/17/
"Devo à paisagem as poucas alegrias que tive no mundo. Os homens só me deram tristezas. Ou eu nunca os entendi, ou eles nunca me entenderam. Até os mais próximos, os mais amigos, me cravaram na hora própria um espinho envenenado no coração.
A terra, com os seus vestidos e as suas pregas, essa foi sempre generosa. É claro que nunca um panorama me interessou como gargarejo. É mesmo um favor que peço ao destino: que me poupe à degradação das habituais paneladas de prosa, a descrever de cor caminhos e florestas.
As dobras, e as cores do chão onde firmo os pés, foram sempre no meu espírito coisas sagradas e íntimas como o amor. Falar duma encosta coberta de neve sem ter a alma branca também, retratar uma folha sem tremer como ela, olhar um abismo sem fundura nos olhos, é para mim o mesmo que gostar sem língua, ou cantar sem voz.
Vivo a natureza integrado nela. De tal modo, que chego a sentir-me, em certas ocasiões, pedra, orvalho, flor ou nevoeiro. Nenhum outro espetáculo me dá semelhante plenitude e cria no meu espírito um sentido tão acabado do perfeito e do eterno. Bem sei que há gente que encontra o mesmo universo no jogo dum músculo ou na linha dum perfil.
Lá está o exemplo de Miguel Ângelo a demonstrá-lo. Mas eu, não.
Eu declaro aqui a estas fundas e agrestes rugas de Portugal que nunca vi nada mais puro, mais gracioso, mais belo, do que um tufo de relva que fui encontrar um dia no alto das penedias da Calcedónia, no Gerez. Roma, Paris, Florença, Beethoven, Cervantes, Shakespeare...
Palavra, que não troco por tudo isso o rasgão mais humilde da tua estamenha, Mãe!"
Miguel Torga, in "Diário (1942)"
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