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  Da janela ... (em 15 de setembro de 2007) - Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL

Domingo, 06.09.20

 

 

                         Da janela ...

Republicação de 15 de setembro de 2007, in:

https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2007/09/15/

 

É, de facto, um privilégio, poder abrir a janela e depararmo-nos com uma paisagem destas ... é Águas Frias.

Da janela 2_ms

É soberba a mistura dos variados tons da paleta das cores da natureza:

- os verdes dos feijoeiros, devidamente, e quase geometricamente, alinhados, dos campos de milho, dos verdes das copas das árvores;

- os vermelhos e laranjas dos telhados novos ou velhos;

- os castanhos claros do restolho;

- os variados castanhos da serra de Mairos pintalgada com o seu casario;

- o cinzento claro do fumo lançado pelas chaminés, demonstrando a existência de Vida (e que o tempo, mesmo em Agosto, nada tinha de abrasador);

- o azul do céu pincelado de alvas nuvens;

- o branco debruado a cinzento do granito da torre sineira do igreja;

- ...

Se eu fosse pintor, gostaria de pintar uma paisagem destas, ....

Ela consegue transmitir-nos, em doses comedidas, paz, meditação, contemplação, ...

 

Com esta paisagem veio-me à memória um poema de Alberto Caeiro, que, porventura, até contrasta com o que acabei de escrever, mas de qualquer forma, gostaria de partilhar com quem por aqui possa passar.

 

Filosofia da janela fechada

Não basta abrir a janela

Para ver os campos e a serra.

Não é bastante não ser cego

Para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.

Há só cada um de nós, como uma cave.

Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;

E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,

Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

                                                                                                                                           Alberto Caeiro (1925)

 

                                                🖼

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Relógio de Sol - junho de 2007

Sexta-feira, 05.06.20

 

RELÓGIO DE SOL

 

Águas Frias - Chaves

PORTUGAL

 

republicação de 08 de junho de 2007, in:

https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/2007/06/08/

 

No canto direito, junto a um dos pináculos, sobre a cornija central da Igreja de Águas Frias poderemos observar um Relógio de Sol.

Embora nos dias de hoje a sua utilidade seja meramente decorativa, ela já foi/ou terá sido de grande utilidade na medição/organização do tempo, “guiando” o tempo disponível para as tarefas diárias dos seus habitantes.

Relógio de sol_ms

Este instrumento, que não necessitando de “pilhas alcalinas”, dar corda, ou qualquer fonte energética, tinha um inconveniente … só “trabalhava” quando estava sol, dando jus ao seu nome – Relógio de Sol.

Desde os primórdios da Humanidade que o Homem foi observando que a sombra de um objecto projectada pelo Sol, lhe dava indicações para medir o tempo ao logo do dia (a sombra crescia até ao meio do dia e decrescia à medida que este se esgotava, com a aproximação da noite). Baseados nesta constatação chegou-se à construção de Relógios de Sol, que se pensa terem surgido no Egipto ou na Mesopotâmia desde 3000 A.C.


O exemplar da Igreja Matriz de Águas Frias tem um mostrador de forma circular, onde estão pintadas as horas (solares) e no centro um triângulo em ferro (gnomon), que em dias de sol projecta a sua sombra no mostrador dando-nos a indicação da hora solar.
Este exemplar ainda é abrilhantado com a estilização do próprio Sol.
Embora já sem utilização prática é um elegante elemento decorativo que enaltece todo o conjunto que é a Igreja Matriz.

 

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publicado por Mário Silva às 00:06






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